Lula rebate críticas e afirma que Trump ligou primeiro
Em um cenário político cheio de tensão e simbolismos, o presidente Lula decidiu responder publicamente às críticas que o acusavam de adotar postura submissa diante dos Estados Unidos. Alegou que não cedeu, e afirmou que, na verdade, Trump foi quem fez o contato primeiro. Essa declaração ganhou grande repercussão nos meios de comunicação e nas redes sociais.
Durante agenda em Maragogipe, na Bahia, o presidente destacou que, enquanto alguns pediam que ele “rastejasse” diante do governo americano, ele optou por manter firmeza e dignidade. É bom que pinte uma química, disse Lula, ao relatar a ligação do republicano. Ele também criticou setores que, segundo ele, trabalham contra o Brasil. Poder360+1
Por que isso chama atenção?
Primeiramente, a fala quebra o script habitual de críticas políticas. Muitos esperavam uma resposta cautelosa ou diplomática, mas Lula aproveitou para reafirmar sua postura de firmeza. Além disso, usar termos fortes como “rastejar” reforça o simbolismo da resistência política.
Em segundo lugar, o fato de ele atribuir ao Trump a iniciativa da ligação gera uma inversão narrativa: em vez de ser pressionado para ceder, ele coloca que foi o outro lado que buscou diálogo. Por outro lado, essa narrativa pode ser contestada por opositores ou pela mídia, que sempre buscam questionar versões oficiais.
O conteúdo da ligação
Lula relatou que Trump telefonou para ele e disse:
“Lulinha, pintou uma química entre nós. Vamos conversar. Vamos discutir.” Poder360+1
Ele também frisou que a iniciativa diplomática partiu do lado americano, afirmando que não cederia a pressões externas. Dessa forma, o presidente tenta reposicionar a relação Brasil-Estados Unidos com menos marca de desigualdade simbólica.
Tensões políticas de fundo
Esse episódio chega em um momento de desgaste para o governo. Na Câmara, uma medida provisória que ampliava tarifas do IOF foi rejeitada recentemente, o que é visto como derrota simbólica. Lula usou esse incidente para criticar partes do congresso, afirmando que alguns grupos preferem enfraquecer o país do que fortalecê-lo. Poder360+1
Contudo, essa postura também exige cautela. Reações retóricas mais fortes podem gerar retaliações políticas ou diplomáticas. Logo, o governo terá de equilibrar firmeza verbal e pragmatismo nas negociações futuras.
Repercussões diplomáticas
O Brasil vinha sofrendo pressões sobre tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros. Nessa linha, Lula reivindicou que Trump estudasse o fim de sanções e restrições. Ele pediu que o secretário de Estado americano, Marco Rubio, fosse interlocutor das negociações e que tratasse o Brasil com “respeito”. Poder360+1
No entanto, Bolsonaro, seus adversários e setores da imprensa acompanharão com lupa cada passo diplomático, buscando eventuais contradições com o discurso oficial.
O dilema da imagem pública
No campo simbólico, essa fala de Lula carrega múltiplas mensagens:
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Imagem de força e dignidade nacional: ele reforça que não se submete.
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Reversão de expectativa: quem parecia pressionar foi quem telefonou primeiro.
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Confronto sartorial de narrativa: usar linguagem mais dura pode agradar a base política, mas também atrair críticas.
Em resumo, enquanto muitos esperavam uma resposta moderada, Lula optou por reafirmar sua posição com firmeza — buscando mostrar que não há submissão. Esse tipo de discurso pode ressoar bem dentro de segmentos mais nacionalistas e reforçar sua base.
✅ Conclusão
A declaração de que Trump ligou primeiro e a recusa em “rastejar” marcam uma tentativa clara de reprojetar a narrativa diplomática e simbólica entre Brasil e EUA. Lula tenta afirmar que não é subserviente, mas ainda será cobrado nos próximos dias por coerência entre discurso e ação.
Portanto, acompanhar o desdobramento dessa ligação, bem como as próximas medidas diplomáticas, será essencial. A política externa brasileira estará sob holofote — e cada passo poderá repercutir fortemente internamente.